CAPÍTULO 1 ....... Início da Viagem





O vento soprou...
Caminhei por um vale estranho
Sensações diversas provei.
Habitava eu em minh'alma, infinita estrada.
Choviam fantasias mornas;
um conjunto de imagens, algumas enegrecidas
iam caindo sobre um enorme ventre e,
quando tocavam a superfície iam sumindo,
como somem as bolhas de sabão...

- Mediatriz ! Disse eu.
- No tempo morreremos fortes!
- Partiremos ao amanhecer... quando as águas forem claras
e o céu só bem dizer.

- Mediatriz !
- No tempo morreremos fortes.
- Caminharemos sobre o nú asfalto que se desenrola como tapete
sobre este vale forrado de lírios e gramíneas.
- IREMOS AO ENCALÇO DAS IMPUREZAS DO HOMEM.
- E não se ouvirá jamais o horroroso estampido:
No ouvido o metal ridículo
a arma que profetiza a morte.


Naquele instante caiu do morro um corpo mudo...

- LANÇAI vós as correntes !!!
- ATAI vós ele ao peito !!

Porém num repente não percebera
Que o que eu mais ansiava já fugisse
Como um louco, rompendo sonhos coloridos e se diluindo em mares
Por mim; sempre esquecidos.

Mas se eu chamava de louco aquele que corria
Era porque até então desconhecia
Aquele era meu EU SENSATO
Que ouvindo tudo em desalento
Do vale desaparecia...

Lembrei-me do rosto alvo
Os olhos claros
Poder-se-ia dizer que eram pérolas
Serventes de guarita a um vazio castelo
No canto mais calmo do mundo
No jardim mais florido
No céu mais puro
Onde poucos conseguiam habitar
Lá onde uma mão rude tocou o ferimento
Muitos homens gritaram ai e a dor acabou passando...

( A verdade é um caminho dolorido que leva à paz de consciência. )


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