CAPÍTULO 14....... A luta contra a morte



Calaram-se
No bosque azul da noite

Choraram amargos tempos mil
Gritaram:
O teu sonho foi perpétuo...
A alegria simples floresceu.


O mar de assombroso porte
Nem a luz do dia abalou
E a morte que serena embalava
Muitos dos filhos teus
Nem o vento febril do norte
Tocou-lhe nos finos cabelos
E a dor que sentia antes
O medo lhe transformou
E este presente à cena
Foi dos poucos que a viu
Os filhos voltarem ao magro ventre
da mãe morte que nunca os traiu...


Falaram solenemente
Que o medo nunca existiu
Foi quando o pobre angustiado
Perdendo sentido da vida
Não soube por que se omitiu


Saí correndo pro mato
Nem bicho feio me trouxe arrepio
Atravessei tantos mares
Que tubarões que se cuidem
E o digam !!

Chegando então a uma praia
Das mais lindas que já vi
Corri de lá para bosques
Da flor mais linda colhi
Enfeitei toda uma vida
Amei a ti numa esteira
Feita de buriti.


Criei novos conceitos de mim !
Sorri feito um louco...
Não sou louco não !
Pois quando olhei pro mundo
Quantos loucos
Gritavam, gritavam !!
E eu nunca os acolhi.


Nunca serei exato
Pois eis que minha carne é tenra
E o sangue circula em minhas veias.


Não sou um amontoado de músculos
Pois eis que minh'alma reina
E meu coração quase sempre me dita.
 


Morte, cria
De que vale a minha poesia?
Vejo nua e fria
Escarnecida óh meu Deus!
Assombra o meu dia.

Vida em harmonia...
Tudo fantasia
Panfletos baratos
Quantas vidraças!

Cães e gatos
Lobos, a matilha
Seus filhotes
Tudo para um raio
Destruir titia...






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